Bom dia nobres visitantes, dando início as revisões de meus próprios pensamentos e atualizando temas que foram há muito debatidos, começaremos por esta famigerada divindade, que alguns até a negam como tal, ele nomeia este blog e que muito me ensina neste caminho que trilho, falaremos de Loki. Uma figura que pode ser amada por alguns, vista como tudo que há de ruim entre os deuses por outros, como um herói ou um professor por uns, como um vilão ou um tolo por outros, como um ser sem sexo ou com todos os sexos e gostos sexuais possíveis por outros, agradando ou não duas coisas ele não é e nunca será, alguém que não seja digno de nota e irmão de Þórr.
Inicialmente devemos observar a natureza de Loki e isso nos ajudará a compreender muito de seu comportamento. Os Jötnar são desde o princípio da cosmogonia nórdica as forças antagônicas que impedem ou dificultam a imposição tanto da ordem quanto da prosperidade, porém através dos conflitos e das provações que as divindades de Ásgarðr passam, elas se aprimoram e também entendem as reais necessidades para o favorecimento desta ordem e prosperidade, desde a morte de Ymir, passando por apuros com Þjazi, Hrungnir, Þrymr e Útgarða-Loki apenas para citar alguns, porém sabemos bem que nem todos os Jötnar são inimigos dos Æsir, onde esta relação vai desde uma amizade até relacionamento que vem a misturar ambas as linhagens e podemos citar Skaði, Ægir, Járnsaxa, Gerðr e Jörð como exemplos claros.
Logo nada existe na natureza de Loki que o obrigue a ser um inimigo declarado dos Æsir, mesmo por eles deixarem que ele viva entre eles, assim como pouco o obriga a ser o mais confiável dos aliados e ai começamos a entender o ponto chave da natureza de Loki, que é estar fora do controle de qualquer Æsir, sendo tanto uma fonte de inúmeros problemas bem como de soluções para eles que tudo gostam de ter sob controle, pois são nas adversidades surgem as oportunidades para solucionar problemas e prosperar após suas resoluções.
Entendido isso buscamos através dos elementos que circundam Loki compreendê-lo melhor. Seu pai é Fárbauti "golpeador cruel" nome que indica uma natureza violenta de destrutiva típica de um Jötunn já sua mãe Laufey que tem o significado atribuído a folhas, mas também recebendo o nome de Nál significando espinho era tida como esguia e fraca, numa herança de elementos observamos que Loki apesar de aparentemente fraco e pequeno se comparado a outros Jötnar é um incômodo para muitas divindades e ele carrega em si, através de seus filhos com a giganta Angrboða sendo eles o lobo Fenrir, a senhora responsável pelo reino dos mortos que leva o mesmo nome Hel e a famosa serpente Jǫrmungandr o mesmo poder destrutivo que seu pai sugere. Ele também possui dois irmãos um chamado Helblindi, que por sinal é um dos nomes que se dá a Óðinn tanto no Gylfaginning quanto no Grímnismál além de Loki mesmo fala deste parentesco deles em Lokasenna, e outro irmão é chamado Býleistr e pouco se sabe dele. Entretanto é válido lembrar que das andanças de Óðinn pelo mundo quando acompanhado o costumava fazer na presença de Hœnir e Lóðurr e que foram estes três responsáveis pela criação da humanidade e não me resta dúvidas que Lóðurr e Loki são a mesma entidade, numa variação de nomes tais como Loptr ou o menos conhecido Hveðrungr.
Ele também se relaciona e nessa relação mantém uma estabilidade com Sigyn, com quem teve dois filhos Narfi e Váli, cujos quais não se descreve uma aparência inumana nos levando a entender que Sigyn não era uma giganta, quanto a sua natureza como uma Ásynjur (divindade feminina), ela é assim descrita por Snorri em uma adição tardia chamada Nafnaþulur que não faz parte das Eddas que ele compilou originalmente no século XIII, porém ela também é mencionada, através de um kenning para se referir a Loki no poema Haustlöng do início do século X que narra os fatos do rapto de Iðunn e suas maçãs que garantem a juventude dos deuses, nos deixando uma lacuna sobre a natureza de Sigyn como uma Ásynjur. Fato interessante é que ao contrário de Loki, ela demonstra um comportamento de amor e lealdade, mesmo diante da maior adversidade de sua vida que é cuidar daquele que ela ama sendo aprisionado e torturado pela morte de Baldur até o dia do suposto Ragnarok.
Outra característica ímpar de Loki, mas ligada a sua natureza como Jötunn é a capacidade de usar de ilusionismo e se metamorfosear em outros seres podendo inclusive trocar seu gênero e gerar uma cria a partir desta mudança, como ocorre no caso de Sleipnir quando Loki se torna uma égua para atrair o cavalo Svaðilfari para atrasar a construção dos muros de Ásgarðr, fazendo com que o construtor dos muros perca a aposta e em sua ira se revelasse um Jötunn para finalmente ser morto. Entre as várias formas que Loki adota através das histórias estão a de mosca, pulga, salmão, foca e égua, e nos seus disfarces onde ele não esconde o rosto e claramente faz os observadores o terem como mulher, o que pode ser interpretado tanto como ilusionismo como uma troca de sexo, isso pode ser observado tanto na Þrymskviða onde Þórr ao se disfarçar de mulher encobre seu rosto, porém Loki não, sendo que o rosto de Loki jé é conhecido pelo gigante Þrym nesta história e o mesmo não reconhece Loki se passando por dama de honra que acompanha Þórr disfarçado de Freyja, também temos o caso de Þökk a giganta que não lamenta pela morte de Baldur, mantendo o assim morto no reino de Hel, logo sobre a possibilidade da transexualidade de Loki só não vê quem não quer.
Não apenas nas questões de gênero Loki mostra um comportamento que ignora regras e padrões como também na forma em que lida com os Æsir. Inúmeras as vezes em que Loki está na presença das divindades e causa problemas a elas as expondo a riscos apenas para posteriormente vir com soluções que trouxeram maiores benefícios a um cenário que antes não haviam tais vantagens. Resumidamente podemos citar com exemplos como dito anteriormente a construção dos muros de Ásgarðr e o presente que Óðinn acabou por receber sendo ele Sleipnir, de quando cortou os cabelos de Sif e da sua aposta com os anões filhos de Ivaldi o resultado não foi só o cabelo de ouro de Sif, mas também rendeu para Freyr o Gullinbursti um javali dourado de guerra capaz de andar sobre o ar e a água e brilhar em qualquer lugar sombrio como se fosse o próprio dia além o barco Skíðblaðnir que cabem todos os deuses e suas armas sempre encontrando bons ventos e alcançando o seu destino, para Óðinn renderam o famoso anel de ouro Draupnir que pode se multiplicar bem como sua certeira lança Gungnir, por fim e provavelmente o mais importante essa aposta rendeu a Þórr o maior medo de todos os Jötnar, seu mortal martelo Mjölnir.
Loki também é responsável pelo resgate de Iðunn e suas maçãs para manter a imortalidade das divindades e da perseguição eles conseguem matar o gigante Þjazi que o forçou a sequestrar Iðunn, decorrente disto a giganta Skaði após ser recompensada pela morte de seu pai deixa de ser uma inimiga dos Æsir. Loki também engana Þjálfi irmão Roskva em uma viagem onde ambos os irmão recebem Loki e Þórr e ao estarem famintos o deus do trovão faz com que suas cabras sirvam de refeição e ele possa revivê-las no dia seguinte, orientado por Loki o jovem Þjálfi quebra o osso da perna de uma delas para chupar o tutano do osso e no dia seguinte a mesma revive manca e Þórr irado exige uma recompensa que acaba sendo o próprio garoto e sua irmã se tornando servos dele.
Se de fato podemos falar dos comportamentos destrutivos de Loki estes se representam quando o mesmo inveja Baldur e planeja a sua morte e após matar um servo de Ægir o anfitrião da festa e insultar e revelar muitos segredos dos deuses perante uns aos outros ele terá um filho transformado em lobo e o outro morto e com as tripas dele será acorrentado e com uma serpente que despeja um veneno doloroso em seu rosto torturado até ser liberto e se vingar dos Æsir no Ragnarökk. Fora este episódio temos também o caso em que Loki se transforma em uma pulga para roubar o famoso colar Brísingamen dela e ele é perseguido por Heindallr que busca reaver o colar e devolver para Freyja, nessa perseguição tanto Loki quanto Heindallr tomam a forma de foca e Loki acaba por perder a batalha e devolver o colar, criando uma animosidade entre ambos que só seria resolvida no Ragnarökk onde ambos se matam. Existe uma versão deste conto em que ele está realizando este furto sob ordem de Óðinn, entretanto esta versão chamada Sörla þáttr que foi compilada por dois padres cristãos porém a versão é obviamente alterada e não corresponde aos comportamentos divinos. Mas assim como aparentemente não faz sentido Loki cortar o cabelo de Sif não faria muito sentido ele ter posse do Brísingamen, então fica a dúvida das intenção do ato dele.
Feita essa extensa análise da participação de dos laços que ligam Loki ao universo das divindades vamos ponderar o que segue. Ainda que haja uma série de conceitos como honra, ser ou não ser louvável e algo que se aproxime de um padrão do certo e do errado na sociedade nórdica pré-cristã de fato não falaríamos em bem ou mal, valores que vieram a se infiltrar nos contos e nas próprias pessoas posteriormente com o contato crescente com a religiosidade cristã, nas quais Loki se enquadra perfeitamente como um "lúcifer nórdico" o antagonista perfeito. Entretanto Loki representa a mudança pois é ele quem a propõem mais avidamente indiferente da vontade das demais divindades, ele também promove a mudança na vida das pessoas indiferente da vontade delas, e uma coisa deve ser bem esclarecida, aqueles que se consideram seus filhos, ou seguidores, ou aliados, ou servos ou seja lá como eles se denominem, nenhum deles está livre do caos, da mudança e da atenção especial e indesejada que Loki pode colocar sobre eles.
Obviamente que aqueles que entendem o que Loki propõem sofrem menos, aprendem mais e aproveitam melhor e "ajudam em seu trabalho", fora isso como costumo dizer, rezar para um furacão não fará ele desviar de rota. A partir do momento em que o caos passa a favorecer este ao invés daquele, ele deixa de ser o caos, não é Loki que te favorece, é você que aproveita ou não as oportunidades em meio as adversidades e nessa hora a sagacidade daquele que se diz filho de Loki é o que vai contar, assim como não se fazem heróis ou sagas em tempos pacíficos. Então faz teu nome jovem.
Outra coisa não menos importante, quando você fala de um ser livre, caótico, egoísta, não espere muita atenção dele, muito menos ser um escolhido ou campeão dele, as motivações de Loki como pode se observar são extremamente mutáveis e mesmo quando os fatos se concluem, aos nossos olhos eles parecem conclusos quando ainda podem fazer só parte de um esquema maior, uma vez que nada é necessariamente linear no comportamento e no pensamento dele, então também fica a dica para os lokeanos de plantão, ter uma mente aberta as possibilidades e uma rápida capacidade de se adaptar as situações e as dificuldades é uma das marcas dele. Pessoas quadradas não fazem o perfil.
Por fim, existe uma diferença entre ser seguido e ser respeitado e Loki merece todo o nosso respeito.
Espero ter elucidado algumas questões sobre ele, posso escrever parágrafos e parágrafos sobre ele e mesmo assim jamais se esgotaria o assunto, pois delimitar o Caos é insanidade e lembre-se:
Não se importe com o que Loki pensa, pois ele pouco se importa com o que os outros pensam, inclusive você. Far vel!
- Heiðið Hjarta.
Logo nada existe na natureza de Loki que o obrigue a ser um inimigo declarado dos Æsir, mesmo por eles deixarem que ele viva entre eles, assim como pouco o obriga a ser o mais confiável dos aliados e ai começamos a entender o ponto chave da natureza de Loki, que é estar fora do controle de qualquer Æsir, sendo tanto uma fonte de inúmeros problemas bem como de soluções para eles que tudo gostam de ter sob controle, pois são nas adversidades surgem as oportunidades para solucionar problemas e prosperar após suas resoluções.
Entendido isso buscamos através dos elementos que circundam Loki compreendê-lo melhor. Seu pai é Fárbauti "golpeador cruel" nome que indica uma natureza violenta de destrutiva típica de um Jötunn já sua mãe Laufey que tem o significado atribuído a folhas, mas também recebendo o nome de Nál significando espinho era tida como esguia e fraca, numa herança de elementos observamos que Loki apesar de aparentemente fraco e pequeno se comparado a outros Jötnar é um incômodo para muitas divindades e ele carrega em si, através de seus filhos com a giganta Angrboða sendo eles o lobo Fenrir, a senhora responsável pelo reino dos mortos que leva o mesmo nome Hel e a famosa serpente Jǫrmungandr o mesmo poder destrutivo que seu pai sugere. Ele também possui dois irmãos um chamado Helblindi, que por sinal é um dos nomes que se dá a Óðinn tanto no Gylfaginning quanto no Grímnismál além de Loki mesmo fala deste parentesco deles em Lokasenna, e outro irmão é chamado Býleistr e pouco se sabe dele. Entretanto é válido lembrar que das andanças de Óðinn pelo mundo quando acompanhado o costumava fazer na presença de Hœnir e Lóðurr e que foram estes três responsáveis pela criação da humanidade e não me resta dúvidas que Lóðurr e Loki são a mesma entidade, numa variação de nomes tais como Loptr ou o menos conhecido Hveðrungr.
Ele também se relaciona e nessa relação mantém uma estabilidade com Sigyn, com quem teve dois filhos Narfi e Váli, cujos quais não se descreve uma aparência inumana nos levando a entender que Sigyn não era uma giganta, quanto a sua natureza como uma Ásynjur (divindade feminina), ela é assim descrita por Snorri em uma adição tardia chamada Nafnaþulur que não faz parte das Eddas que ele compilou originalmente no século XIII, porém ela também é mencionada, através de um kenning para se referir a Loki no poema Haustlöng do início do século X que narra os fatos do rapto de Iðunn e suas maçãs que garantem a juventude dos deuses, nos deixando uma lacuna sobre a natureza de Sigyn como uma Ásynjur. Fato interessante é que ao contrário de Loki, ela demonstra um comportamento de amor e lealdade, mesmo diante da maior adversidade de sua vida que é cuidar daquele que ela ama sendo aprisionado e torturado pela morte de Baldur até o dia do suposto Ragnarok.
Outra característica ímpar de Loki, mas ligada a sua natureza como Jötunn é a capacidade de usar de ilusionismo e se metamorfosear em outros seres podendo inclusive trocar seu gênero e gerar uma cria a partir desta mudança, como ocorre no caso de Sleipnir quando Loki se torna uma égua para atrair o cavalo Svaðilfari para atrasar a construção dos muros de Ásgarðr, fazendo com que o construtor dos muros perca a aposta e em sua ira se revelasse um Jötunn para finalmente ser morto. Entre as várias formas que Loki adota através das histórias estão a de mosca, pulga, salmão, foca e égua, e nos seus disfarces onde ele não esconde o rosto e claramente faz os observadores o terem como mulher, o que pode ser interpretado tanto como ilusionismo como uma troca de sexo, isso pode ser observado tanto na Þrymskviða onde Þórr ao se disfarçar de mulher encobre seu rosto, porém Loki não, sendo que o rosto de Loki jé é conhecido pelo gigante Þrym nesta história e o mesmo não reconhece Loki se passando por dama de honra que acompanha Þórr disfarçado de Freyja, também temos o caso de Þökk a giganta que não lamenta pela morte de Baldur, mantendo o assim morto no reino de Hel, logo sobre a possibilidade da transexualidade de Loki só não vê quem não quer.
Não apenas nas questões de gênero Loki mostra um comportamento que ignora regras e padrões como também na forma em que lida com os Æsir. Inúmeras as vezes em que Loki está na presença das divindades e causa problemas a elas as expondo a riscos apenas para posteriormente vir com soluções que trouxeram maiores benefícios a um cenário que antes não haviam tais vantagens. Resumidamente podemos citar com exemplos como dito anteriormente a construção dos muros de Ásgarðr e o presente que Óðinn acabou por receber sendo ele Sleipnir, de quando cortou os cabelos de Sif e da sua aposta com os anões filhos de Ivaldi o resultado não foi só o cabelo de ouro de Sif, mas também rendeu para Freyr o Gullinbursti um javali dourado de guerra capaz de andar sobre o ar e a água e brilhar em qualquer lugar sombrio como se fosse o próprio dia além o barco Skíðblaðnir que cabem todos os deuses e suas armas sempre encontrando bons ventos e alcançando o seu destino, para Óðinn renderam o famoso anel de ouro Draupnir que pode se multiplicar bem como sua certeira lança Gungnir, por fim e provavelmente o mais importante essa aposta rendeu a Þórr o maior medo de todos os Jötnar, seu mortal martelo Mjölnir.
Loki também é responsável pelo resgate de Iðunn e suas maçãs para manter a imortalidade das divindades e da perseguição eles conseguem matar o gigante Þjazi que o forçou a sequestrar Iðunn, decorrente disto a giganta Skaði após ser recompensada pela morte de seu pai deixa de ser uma inimiga dos Æsir. Loki também engana Þjálfi irmão Roskva em uma viagem onde ambos os irmão recebem Loki e Þórr e ao estarem famintos o deus do trovão faz com que suas cabras sirvam de refeição e ele possa revivê-las no dia seguinte, orientado por Loki o jovem Þjálfi quebra o osso da perna de uma delas para chupar o tutano do osso e no dia seguinte a mesma revive manca e Þórr irado exige uma recompensa que acaba sendo o próprio garoto e sua irmã se tornando servos dele.
Se de fato podemos falar dos comportamentos destrutivos de Loki estes se representam quando o mesmo inveja Baldur e planeja a sua morte e após matar um servo de Ægir o anfitrião da festa e insultar e revelar muitos segredos dos deuses perante uns aos outros ele terá um filho transformado em lobo e o outro morto e com as tripas dele será acorrentado e com uma serpente que despeja um veneno doloroso em seu rosto torturado até ser liberto e se vingar dos Æsir no Ragnarökk. Fora este episódio temos também o caso em que Loki se transforma em uma pulga para roubar o famoso colar Brísingamen dela e ele é perseguido por Heindallr que busca reaver o colar e devolver para Freyja, nessa perseguição tanto Loki quanto Heindallr tomam a forma de foca e Loki acaba por perder a batalha e devolver o colar, criando uma animosidade entre ambos que só seria resolvida no Ragnarökk onde ambos se matam. Existe uma versão deste conto em que ele está realizando este furto sob ordem de Óðinn, entretanto esta versão chamada Sörla þáttr que foi compilada por dois padres cristãos porém a versão é obviamente alterada e não corresponde aos comportamentos divinos. Mas assim como aparentemente não faz sentido Loki cortar o cabelo de Sif não faria muito sentido ele ter posse do Brísingamen, então fica a dúvida das intenção do ato dele.
Feita essa extensa análise da participação de dos laços que ligam Loki ao universo das divindades vamos ponderar o que segue. Ainda que haja uma série de conceitos como honra, ser ou não ser louvável e algo que se aproxime de um padrão do certo e do errado na sociedade nórdica pré-cristã de fato não falaríamos em bem ou mal, valores que vieram a se infiltrar nos contos e nas próprias pessoas posteriormente com o contato crescente com a religiosidade cristã, nas quais Loki se enquadra perfeitamente como um "lúcifer nórdico" o antagonista perfeito. Entretanto Loki representa a mudança pois é ele quem a propõem mais avidamente indiferente da vontade das demais divindades, ele também promove a mudança na vida das pessoas indiferente da vontade delas, e uma coisa deve ser bem esclarecida, aqueles que se consideram seus filhos, ou seguidores, ou aliados, ou servos ou seja lá como eles se denominem, nenhum deles está livre do caos, da mudança e da atenção especial e indesejada que Loki pode colocar sobre eles.
Obviamente que aqueles que entendem o que Loki propõem sofrem menos, aprendem mais e aproveitam melhor e "ajudam em seu trabalho", fora isso como costumo dizer, rezar para um furacão não fará ele desviar de rota. A partir do momento em que o caos passa a favorecer este ao invés daquele, ele deixa de ser o caos, não é Loki que te favorece, é você que aproveita ou não as oportunidades em meio as adversidades e nessa hora a sagacidade daquele que se diz filho de Loki é o que vai contar, assim como não se fazem heróis ou sagas em tempos pacíficos. Então faz teu nome jovem.
Outra coisa não menos importante, quando você fala de um ser livre, caótico, egoísta, não espere muita atenção dele, muito menos ser um escolhido ou campeão dele, as motivações de Loki como pode se observar são extremamente mutáveis e mesmo quando os fatos se concluem, aos nossos olhos eles parecem conclusos quando ainda podem fazer só parte de um esquema maior, uma vez que nada é necessariamente linear no comportamento e no pensamento dele, então também fica a dica para os lokeanos de plantão, ter uma mente aberta as possibilidades e uma rápida capacidade de se adaptar as situações e as dificuldades é uma das marcas dele. Pessoas quadradas não fazem o perfil.
Por fim, existe uma diferença entre ser seguido e ser respeitado e Loki merece todo o nosso respeito.
Espero ter elucidado algumas questões sobre ele, posso escrever parágrafos e parágrafos sobre ele e mesmo assim jamais se esgotaria o assunto, pois delimitar o Caos é insanidade e lembre-se:
Não se importe com o que Loki pensa, pois ele pouco se importa com o que os outros pensam, inclusive você. Far vel!
- Heiðið Hjarta.
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