Bom dia nobres leitores. No último texto fizemos uma breve análise sobre quem foi e quem é Óðinn observando as suas mudanças e as características da sua evolução dessas mudanças no decorrer da sua participação junto aos Æsir, e claro quem ele será não cabe a nós, mas somente a ele e ao destino decidir. Refletindo sobre sua trajetória o observo como um bom exemplo do caminho que percorremos, sobre quem fomos, quem somos, quem queremos ser e quem de fato seremos, dentro e fora da nossa espiritualidade, seja em um dos vários desmembramentos religiosos desta espiritualidade ou em nenhum deles. Então ainda que de heathen para heathen, de família para família e de kindred para kindred as prioridades sejam diferentes, uma coisa todos temos em comum, um ciclo de anseios marcados por objetivos a seguir, um começo, um meio e um fim, tal como na natureza que nos cerca não somos diferentes.
Em nossa natureza é comum desejarmos a busca por prosperidade continuamente em nossas vidas e por isso temos a necessidade de pontuar objetivos, entender que haverá obstáculos entre eles e ao alcançarmos encontramo-nos em um estado de espírito, mesmo que breve, de alegria pelo sucesso obtido, claro quando dá tudo certo. Porém por vezes nos vemos diante de certos desafios que nos impedem de agir, ou que a princípio pelo espanto do inesperado acreditamos ser impossível ou inviável de seguir em frente, nos fazendo cair num conformismo derrotista e enchendo o venenoso copo do ceticismo dia após dia.
Por vezes você entenderá que é maçante e difícil estudar esse ou aquele tema, que ter acesso a esse ou aquele livro pode parecer difícil, que a opinião descabida desse ou daquele heathen pode parecer a maioria te desmotivando pois você não quer ser esta maioria, que este ou aquele trabalho que você acredita acrescentar na espiritualidade recebe críticas nada construtivas ou tentam ainda sabotar ou mesmo ofuscar seu esforço, isso quando você não é mal interpretado. A impressão num desespero final chega a ser que esta ou aquela, se não todas as divindades te abandonaram, pois bem, não é por ai.
Nós sempre enfrentaremos adversidades enquanto vivos, e poucas pistas tenho de que novas adversidades não serão colocadas pelo destino ou resultadas por nossos atos ou de terceiros depois disso. E exatamente diante dessas adversidades que teremos que observar a situação atentamente e encontrar nesse labirinto o nosso caminho rumo a saída que é a solução. São em momentos de crise, pessoal ou não, que nós temos de observar o por que tal situação está ocorrendo, principalmente se ela é recorrente em nossas vidas ou não, e o que deve ser feito para sanar esse problema, por vezes trata-se de algo simples e óbvio, mas por vezes parece ser necessário se afastar da situação e tomar par si um tempo para observar melhor os fatos.
Se afastar de uma leitura, de um trabalho, de um meio com opiniões estranhas a sua forma de pensar, nada disso está errado, não é desistir de uma guerra, ou deixar se vencer por um obstáculo, mas entender que você ainda não tem todos os elementos necessários para seguir em frente e alcançar seu objetivo, talvez uma leitura prévia de um texto ou um livro, analisar o público alvo do seu trabalho e a divulgação dele, ou ainda buscar observar o comportamento de outros heathens que não tem as opiniões que te desagradam, seriam ótimas formas de te incentivar e fazer você reconhecer que não se trata de um problema sem solução, ou que as divindades se afastaram de você. Agora se ao se deparar com essa situação você optar pelo desânimo, então você escolheu a derrota, você se afastou as divindades e você deixa um obstáculo e amarga a sua tristeza por escolha própria.
Muitos heathens se desmotivam em algum momento de sua trilha, isso culminando até em alguns casos no abandono da fé ou se tornando mero participante nominal por um simples motivo, falta de um objetivo. Sem adversidade não há superação e sem superação não há vitória e sem vitória não há progresso. Essa cômoda estagnação na fé com o tempo vai te desgastar e fará você abandoná-la, não se trata de sempre ter uma nova meta, você não tem que mudar o mundo (nada de errado também se assim o quiser), talvez manter uma meta seja já algo bom o suficiente como por exemplo sempre executar os seus sacrifícios no tempo certo/possível sem deixar de fazê-los, sempre ter uma leitura em andamento, sempre estar trocando informações com os mais novos, ou buscando elas com os mais velhos no caminho.
Quando um kindred por exemplo não tem um objetivo definido eles deixam de olhar para o horizonte e começam a olhar para os lados, as imperfeições que antes não incomodavam começam a ganhar destaque uns nos outros e os indivíduos que antes trabalhavam em prol de uma harmonia coletiva, agora se vêem vítimas de constantes julgamentos uns dos outros, coisas que estavam longe de ser uma prioridade ou coisas que as vezes compete apenas ao indivíduo resolver, tudo isso ocorrendo por qual motivo? Falta de um objetivo.
Então entenda que um barco perdido sem rumo no oceano do acaso está vulnerável a toda sorte no mar da vida e o marinheiro não pode reclamar se está muito tempo sem ver terra firme ou se vive em constantes tempestades, os Æsir nada tem a ver com isso. É ter coragem e sabedoria para enfrentar o mal tempo e depois aproveitar os bons ventos. Não podemos ganhar todas as brigas, mas se nos conhecermos bem, saberemos quais podemos comprar, e aquela briga que antes era impossível agora só é um pequeno contra tempo, pois você cresceu e se tornou maior que tudo isso.
Nossa fé depende basicamente de nós, da nossa vontade de nos conhecermos, de aceitarmos que precisamos mudar e que vamos mudar, de nos ajudar na medida em que podemos fazendo aquilo que sabemos ou podemos para ajudar uns aos outros, saber observar as maçãs podres que podem estragar todo o resto e por fim lembrar que para que haja uma próxima colheita, temos que plantar agora, nosso trabalho é para as gerações futuras que um dia serão gratas a nós, como nós somos gratos a alguém, espero que tenha sido uma boa reflexão e uma boa leitura e isso tenha te ajudado de alguma forma. Mãos a obra, bom fim de semana, até semana que vem e Far Vel!
- Heiðið Hjarta.
Em nossa natureza é comum desejarmos a busca por prosperidade continuamente em nossas vidas e por isso temos a necessidade de pontuar objetivos, entender que haverá obstáculos entre eles e ao alcançarmos encontramo-nos em um estado de espírito, mesmo que breve, de alegria pelo sucesso obtido, claro quando dá tudo certo. Porém por vezes nos vemos diante de certos desafios que nos impedem de agir, ou que a princípio pelo espanto do inesperado acreditamos ser impossível ou inviável de seguir em frente, nos fazendo cair num conformismo derrotista e enchendo o venenoso copo do ceticismo dia após dia.
Por vezes você entenderá que é maçante e difícil estudar esse ou aquele tema, que ter acesso a esse ou aquele livro pode parecer difícil, que a opinião descabida desse ou daquele heathen pode parecer a maioria te desmotivando pois você não quer ser esta maioria, que este ou aquele trabalho que você acredita acrescentar na espiritualidade recebe críticas nada construtivas ou tentam ainda sabotar ou mesmo ofuscar seu esforço, isso quando você não é mal interpretado. A impressão num desespero final chega a ser que esta ou aquela, se não todas as divindades te abandonaram, pois bem, não é por ai.
Nós sempre enfrentaremos adversidades enquanto vivos, e poucas pistas tenho de que novas adversidades não serão colocadas pelo destino ou resultadas por nossos atos ou de terceiros depois disso. E exatamente diante dessas adversidades que teremos que observar a situação atentamente e encontrar nesse labirinto o nosso caminho rumo a saída que é a solução. São em momentos de crise, pessoal ou não, que nós temos de observar o por que tal situação está ocorrendo, principalmente se ela é recorrente em nossas vidas ou não, e o que deve ser feito para sanar esse problema, por vezes trata-se de algo simples e óbvio, mas por vezes parece ser necessário se afastar da situação e tomar par si um tempo para observar melhor os fatos.
Se afastar de uma leitura, de um trabalho, de um meio com opiniões estranhas a sua forma de pensar, nada disso está errado, não é desistir de uma guerra, ou deixar se vencer por um obstáculo, mas entender que você ainda não tem todos os elementos necessários para seguir em frente e alcançar seu objetivo, talvez uma leitura prévia de um texto ou um livro, analisar o público alvo do seu trabalho e a divulgação dele, ou ainda buscar observar o comportamento de outros heathens que não tem as opiniões que te desagradam, seriam ótimas formas de te incentivar e fazer você reconhecer que não se trata de um problema sem solução, ou que as divindades se afastaram de você. Agora se ao se deparar com essa situação você optar pelo desânimo, então você escolheu a derrota, você se afastou as divindades e você deixa um obstáculo e amarga a sua tristeza por escolha própria.
Muitos heathens se desmotivam em algum momento de sua trilha, isso culminando até em alguns casos no abandono da fé ou se tornando mero participante nominal por um simples motivo, falta de um objetivo. Sem adversidade não há superação e sem superação não há vitória e sem vitória não há progresso. Essa cômoda estagnação na fé com o tempo vai te desgastar e fará você abandoná-la, não se trata de sempre ter uma nova meta, você não tem que mudar o mundo (nada de errado também se assim o quiser), talvez manter uma meta seja já algo bom o suficiente como por exemplo sempre executar os seus sacrifícios no tempo certo/possível sem deixar de fazê-los, sempre ter uma leitura em andamento, sempre estar trocando informações com os mais novos, ou buscando elas com os mais velhos no caminho.
Quando um kindred por exemplo não tem um objetivo definido eles deixam de olhar para o horizonte e começam a olhar para os lados, as imperfeições que antes não incomodavam começam a ganhar destaque uns nos outros e os indivíduos que antes trabalhavam em prol de uma harmonia coletiva, agora se vêem vítimas de constantes julgamentos uns dos outros, coisas que estavam longe de ser uma prioridade ou coisas que as vezes compete apenas ao indivíduo resolver, tudo isso ocorrendo por qual motivo? Falta de um objetivo.
Então entenda que um barco perdido sem rumo no oceano do acaso está vulnerável a toda sorte no mar da vida e o marinheiro não pode reclamar se está muito tempo sem ver terra firme ou se vive em constantes tempestades, os Æsir nada tem a ver com isso. É ter coragem e sabedoria para enfrentar o mal tempo e depois aproveitar os bons ventos. Não podemos ganhar todas as brigas, mas se nos conhecermos bem, saberemos quais podemos comprar, e aquela briga que antes era impossível agora só é um pequeno contra tempo, pois você cresceu e se tornou maior que tudo isso.
Nossa fé depende basicamente de nós, da nossa vontade de nos conhecermos, de aceitarmos que precisamos mudar e que vamos mudar, de nos ajudar na medida em que podemos fazendo aquilo que sabemos ou podemos para ajudar uns aos outros, saber observar as maçãs podres que podem estragar todo o resto e por fim lembrar que para que haja uma próxima colheita, temos que plantar agora, nosso trabalho é para as gerações futuras que um dia serão gratas a nós, como nós somos gratos a alguém, espero que tenha sido uma boa reflexão e uma boa leitura e isso tenha te ajudado de alguma forma. Mãos a obra, bom fim de semana, até semana que vem e Far Vel!
- Heiðið Hjarta.
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